Doença aterosclerótica

A doença cardiovascular aterosclerótica continua sendo a principal causa de morte prematura. Mais de 80% de toda a mortalidade por doenças cardiovasculares ocorre em países em desenvolvimento. Não apenas a mortalidade, mas também a incapacidade causada por essa doença permanece extremamente alta e, portanto, ainda é a principal causa de perda de produtividade. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou a importância do estilo de vida, como uso de tabaco, hábitos alimentares não saudáveis, inatividade física e estresse psicológico na explosão de doenças cardiovasculares no mundo ocidental. A OMS afirma que três quartos de toda a mortalidade por doença cardiovascular podem ser evitada por ações de prevenção coordenadas adequadas.

As consequências e complicações agudas da aterosclerose são: infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC), ataques isquêmicos transitórios (AITs), ruptura de aneurismas de aorta abdominal e isquemia aguda por doença arterial periférica.

A maioria dos pacientes com fatores de riscos cardiovasculares ou que já tiveram algum evento cardiovascular prévio devem ser avaliados quanto a doença arterial coronariana. Vários exames podem ser necessários, como Teste ergométrico, que é um exame bem estabelecido, seguro e de baixo custo. Outros exames como cintilografia de perfusão miocárdica ou ecocardiograma de estresse também podem ser realizados caso necessários na investigação desses pacientes. 

Em pacientes incapazes de se exercitar, pode ser realizada ecocardiografia sob estresse (utilizando medicamentos como dipiridamol, adenosina ou dobutamina) ou cintilografia de perfusão do miocárdio. Esses testes são seguros e mostram sensibilidade e especificidade adequadas para a detecção de doença arterial coronariana. 

Pacientes com doença arterial coronariana e das artérias carótidas devem ser monitorados e tratados devido ao seu risco “muito alto” de eventos cardiovasculares. O tratamento não farmacológico deve incluir programas para modificação do estilo de vida; isto é: dieta, cessação do tabagismo, exercícios regulares e controle de peso. As intervenções farmacológicas baseadas em evidências para prevenção de eventos cardiovasculares incluem: 

  1. Tratamento antitrombótico

 A aspirina é a primeira escolha e ticlopidina ou clopidogrel são a segunda opção. Estudos recentes sugerem que a associação de aspirina e clopidogrel pode ser proposta em pacientes de alto risco

  1. Estatinas

As estatinas são muito eficazes na prevenção de eventos cardiovasculares em pacientes com hipercolesterolemia, tanto na prevenção primária quanto na secundária. Estudos recentes sugerem que as estatinas podem prevenir eventos coronarianos e cerebrovasculares também em pacientes com colesterolemia normal, provavelmente por mecanismos alternativos, como estabilização da placa.

  1. Inibidores da ECA

Em estudos recentes, os inibidores da ECA foram capazes de reduzir eventos cardiovasculares em pacientes de “alto risco”, provavelmente devido aos efeitos protetores endoteliais. 

Outros medicamentos também devem ser avaliados pelo cardiologista a fim de um melhor controle da doença cardiovascular. 

As novas tecnologias vêm inovando a cada dia, o que permite um melhor tratamento e diagnóstico aos pacientes. A área de dispositivos percutâneos e procedimentos minimamente invasivos para tratar doenças das artérias coronárias, e agora também doenças periféricas e cerebrovasculares, vêm sendo cada vez mais difundida. Grandes melhorias na tecnologia de imagem, desde o ecocardiograma até a tomografia computadorizada cardíaca e a ressonância magnética, permitiram a detecção mais precoce da doença e facilitaram a orientação de estratégias terapêuticas. 

Todos esses avanços são ótimos tanto para os pacientes quanto para seus cardiologistas, que devem ser profissionais sempre atualizados nas diretrizes e no que há de novo na literatura cardiológica. 

A insuficiência cardíaca é considerada a via final comum das agressões sobre o coração. 

Popularmente conhecida como “coração inchado” ou “coração grande” ocorre quando seu coração não está bombeando sangue suficiente para atender às necessidades do seu corpo. Como resultado, fluido pode se acumular nas pernas, pulmões e em outros tecidos por todo o corpo.

Os sintomas podem ser brandos no início, prejudicando a ida ao médico. Geralmente os pacientes sentem cansaço, falta de ar, fraqueza, podendo ser ignorados considerando sinais de envelhecimento.

Às vezes, no entanto, os sintomas de insuficiência cardíaca são mais evidentes. Por causa da incapacidade do coração de bombear sangue de forma eficiente e fornecer a seus órgãos (como os rins e o cérebro), você pode experimentar uma série de sintomas, incluindo:

  • Inchaço dos pés e pernas;
  • Falta de energia, sensação de cansaço;
  • Dificuldade de dormir à noite devido a falta de ar;
  • Abdômen inchado, perda de apetite;
  • Confusão;
  • Tonturas, pré síncope.

As causas de insuficiência cardíaca são as mais diversas:

  • Doença arterial coronariana;
  • Infarto do miocárdio;
  • Pressão alta (hipertensão);
  • Valvulopatias;
  • Endocardite;
  • Miocardite (infecção do coração).

O diagnóstico da insuficiência cardíaca é clínico, aliado aos achados do exame físico. O exame que confirma a insuficiência cardíaca é o Ecocardiograma.

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